Por que as condições climáticas estão provocando quedas de energia?

Apagões vêm afetando milhões de pessoas no Brasil ao longo de 2024. Só em outubro, um dos maiores casos ocorreu na RMSP (Região Metropolitana de São Paulo), deixando cerca de 3 milhões de consumidoras sem energia durante dias.

Residências, comércios e empresas são afetadas pelos apagões causados por mudanças climáticas como secas, ondas de calor, frentes frias, inundações e incêndios florestais que estão se intensificando cada vez mais.

Só no ano de 2023, o Brasil teve 12 eventos climáticos extremos registrados pela OMM (Organização Meteorológica Mundial) da ONU (Organização das Nações Unidas).

Esses fenômenos se dão pela alta emissão de gases do efeito estufa, que retém o calor e elevam a temperatura média do planeta causando eventos mais frequentes e intensos. 

A queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás natural, utilizados na própria geração de energia e transporte, aumentam o nível de C02 na atmosfera e é uma das principais causas do aquecimento global.

Interferência das fortes chuvas na distribuição de energia elétrica

As fortes chuvas têm causado problemas infraestruturais à rede elétrica, como danos à cabos, fiações, subestações e equipamentos elétricos que podem causar curtos-circuitos, explosões e incêndios, promovendo danos materiais e interrupções no fornecimento de energia. 

Além disso, podem afetar postes e torres que podem ser derrubados com a força da água, interrompendo o fornecimento de energia. Em muitas áreas alagadas é preciso realizar o desligamento preventivo para evitar danos à infraestrutura e garantir a segurança. 

Mas os principais riscos são à segurança, com choques elétricos, afogamento e quedas de equipamentos que representam perigo às pessoas próximas. 

Previsões para o próximo período

Um ciclone extratropical está intensificando as chuvas nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste do país. 

O InMet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu avisos meteorológicos de alerta de perigo amarelo com potencial de ocorrência de tempestades severas e ventos intensos.

Pelo Rio Grande do Sul a previsão é de  chuvas mais intensas com risco de granizo e raios. Com rajadas de vento entre 60 e 80 km/h, mesmo sem chuva, chegando a 100 km/h em áreas isoladas.

Também há risco de fenômenos severos, como tornados e microexplosões, além de alagamentos, enxurradas, queda de árvores e destelhamentos que podem prejudicar o fornecimento de energia.

Já Santa Catarina e Paraná estão em alerta para chuvas intensas e ventos fortes com rajadas de vento que podem alcançar entre 71 e 90 km/h e risco de granizo.

Já as regiões Sudeste e Centro-Oeste devem ser impactadas pela formação de um ciclone extratropical no Sul que trará fortes chuvas para estas regiões com tempestades previstas para os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Além de chuvas isoladas em Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com volumes de chuva acima de 60 mm.

Porém, na região Nordeste há previsão de muito calor e chuva moderada na Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Pouca chuva no Maranhão e tempo firme nos demais locais.

Por fim, na região Norte o tempo firme deverá permanecer em Roraima, Amapá, Pará e Tocantins. Pancadas de chuva no Amazonas e em Rondônia.

Fonte: Canal Solar