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Mercado livre será o principal motor de expansão para usinas solares de grande porte

Mercado livre será o principal motor de expansão para usinas solares de grande porte

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A expansão do mercado livre de energia no Brasil deve ser o grande impulsionador para novos projetos de usinas de grande porte da fonte solar fotovoltaica no Brasil nos próximos anos, segundo o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia.

“Esse tem sido hoje o mercado líder em expansão de capacidade de geração no Brasil, não mais o mercado regulado”, explica.

Isso ocorre porque a contratação de energia em leilões regulados pelas distribuidoras tende a ser mais baixa, dado que as concessionárias estão sobrecontratadas para os próximos anos.

No mercado livre, grandes consumidores de média e alta tensão podem contratar a energia consumida diretamente com a empresa de geração ou com uma comercializadora, deixando assim de consumir a energia contratada pela distribuidora local.

A partir de janeiro de 2024, todos os clientes com uma demanda acima de 500 quilowatts-hora (kW) passaram a ter essa opção e a expectativa é que o mercado seja aberto a todos os consumidores, incluindo os residentes, a partir da próxima década.

Mercado livre terá 8 em cada 10 usinas

Hoje, o Brasil tem cerca de 45 gigawatts (GW) de capacidade instalada da fonte solar fotovoltaica.

Desses, 30 GW estão espalhados em sistemas de pequeno porte, no modelo da geração distribuída, no qual o consumidor gera a própria energia que consome, por meio da instalação dos módulos fotovoltaicos em telhados ou terrenos. Sistemas nesse modelo têm até 5 megawatts (MW) de capacidade.

Os cerca de 15 GW restantes da fonte solar no Brasil estão em usinas solares de grande porte, a chamada geração centralizada. Esses empreendimentos incluem projetos contratados nos leilões e no mercado livre.

Os primeiros grandes contratos da fonte solar fotovoltaica no Brasil, inclusive, foram fechados no mercado livre de energia. Em 2013, o governo de Pernambuco realizou uma contratação de usinas nesse modelo.

Mas a fonte começou a ganhar mais espaço na matriz energética brasileira a partir de 2016, quando começaram a entrar em operação as primeiras usinas contratadas em leilões de energia do governo, no mercado regulado.

Sauaia conta que foi somente a partir de 2019, quando a solar passou a ser a mais barata contratada em leilões, que o mercado livre de energia passou a olhar com mais atenção para as oportunidades a partir dessa fonte.

Segundo o presidente da Absolar, a tendência de agora em diante é que o mercado livre passe a absorver até 80% do total instalado em projetos centralizados no país.

Ao mesmo tempo, a geração distribuída deve seguir impulsionando o crescimento da capacidade, com projetos menores.

Longo prazo mais difícil

A previsão da Absolar é de que em 2024 deve haver um aumento de 9,4 GW de capacidade instalada dessa fonte no país, dos quais cerca de 6 GW devem vir de projetos de geração distribuída e 3,4 GW da geração centralizada.

“Percebemos um interesse muito grande nos dois segmentos”, diz Sauaia.

Entretanto, um dos fatores que tem dificultado o fechamento de contratos de longo prazo no mercado livre de energia é a baixa nos preços negociados desde 2022.

No mercado livre, a energia é negociada a partir do preço de liquidação das diferenças (PLD), que tem ficado próximo aos mínimos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Este ano, os preços voltaram a registrar maior volatilidade. O presidente da Absolar explica que o cenário dificulta a viabilização de novos empreendimentos, de todas as fontes.

Preço cai até 50% em um ano

Por outro lado, o ganho de competitividade da tecnologia de geração solar é um fator positivo para a expansão dessas usinas no Brasil.

A fonte solar teve uma redução de preço de 86% na última década. A maior parte da redução vem do barateamento dos módulos solares. Houve também queda nos preços de outros equipamentos e serviços, assim como ganhos de produtividade.

“É uma tecnologia em franca evolução, o que é fruto da melhoria na eficiência dos componentes, da redução na quantidade de matéria-prima necessária para os equipamentos, da melhoria de processos produtivos e do ganho de escala da tecnologia”, diz Sauaia.

Outro fator que contribuiu para a redução dos custos foi o ganho de escala das fábricas. Em 2023, a entrada em operação de uma grande quantidade de nova capacidade produtiva no mundo causou uma queda ainda mais acentuada nos preços em relação aos anos anteriores.

A Absolar estima que apenas no ano passado o custo de instalação de um projeto solar fotovoltaico teve uma redução entre 30% e 50%, variando de acordo com o país.

“Apesar da energia solar hoje já ser uma fonte altamente competitiva no mundo inteiro, ainda tem muito espaço para a redução de custos porque nós ainda não chegamos ao limite tecnológico”, ressalta Sauaia.

No Brasil, no entanto, essa queda tem sido atenuada pelo alto custo logístico, sobretudo de transporte marítimo dos equipamentos. A maior parte dos componentes usados nas usinas brasileiras é importado da China.

“Isso tem pesado no planejamento e no bolso dos empreendedores na hora de fazerem as suas estratégias de investimento, planejarem as usinas”, diz.

Mesmo assim, há reflexos da queda geral dos preços da fonte nos contratos mais recentes negociados no mercado livre.

“Para novos contratos, o setor tem trabalhado já buscando incorporar a realidade desses novos preços”, explica o presidente da Absolar.

Fonte: InfoMoney

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